Deus Abençoa os Humildes

24/10/2011 14:40

 

 

Quem seria o rei de Israel? De onde viria ele? A oração de Ana nos responde: O rei viria do mais humilde (1 Samuel 2:8). Um pobre é levantado; um necessitado é exaltado para assentar-se entre os príncipes e para herdar o trono da glória. Quem é este? Por conhecermos a história de Davi, sabemos que por um lado isso se refere a ele que, quando jovem, era desprezado como se fosse um pobre no pó ou um necessitado no monturo; porém, depois, o próprio Deus o exaltou. Por fim, Davi foi honrado e exaltado sobre todos os nomes de reis da terra. Por outro lado, isso diz respeito a Cristo. Cristo humilhou-se ao máximo, porém, Deus O exaltou sobremaneira (Filipenses 2:8-9). Vemos, portanto, pela oração de Ana que o rei seria alguém humilde, exaltado por Deus.

Aqui ganhamos mais uma lição de vida: jamais devemos ensoberbecer-nos, pois quando o orgulho toma conta de nós satisfazemos Satanás, a fonte do orgulho. No livro de Jó podemos notar quão difícil foi para ele ver e reconhecer que era orgulhoso! Nos vários capítulos, Jó manifestou duas características principais dos orgulhosos: argumentos e justificativas. Mas, no final do livro, Jó se humilhou. Foi preciso o próprio Deus vir falar-lhe para que reconhecesse seu orgulho. Assim que percebeu que havia falado palavras sem entendimento, ele se arrependeu e Deus pôde abençoá-lo. Nos dois capítulos que antecedem o arrependimento de Jó (capítulos 40 e 41), Deus descreve dois grandes animais como sendo o símbolo do orgulho, que Ele chamou de “o rei dos animais orgulhosos”. Somente quando Jó viu que tão horríveis animais representavam seu ego, é que ele se arrependeu profundamente, a ponto de abominar-se. O resultado vemos no capítulo
42: Deus abençoou Jó e lhe deu porção dobrada da benção. Se não tratarmos com o orgulho não há como Deus abençoar-nos.

A história de Saul, o primeiro rei de Israel, traz-nos muitas lições sobre orgulho e humildade. No início, apesar de ter uma bela aparência e de se destacar entre todos por causa de sua altura, Saul era bastante humilde. Ele reconhecia que não era digno de nada por pertencer à menor das tribos de Israel, Benjamim, e por ser membro da menor família da tribo de Benjamim (1 Samuel 9:21). Visto que era assim tão humilde, ele foi colocado numa posição de honra por Samuel (v. 22) e recebeu uma porção especial, na presença dos convidados de Samuel. Depois, Samuel ungiu-o, e o Espírito de Deus se apossou dele. Mesmo assim, Saul não se orgulhou ao responder a pergunta do tio sobre seu encontro com Samuel, nem lhe contou nada a respeito do reino.

Outros fatos revelam a humildade inicial de Saul. Mas assim como Nabucodonosor, Saul por fim se orgulhou e passou a usar a autoridade que lhe fora confiada, para manter seu domínio sobre Israel. Saul não confiou em Deus e, com medo de ser derrotado na luta contra os filisteus, fez algo que O ofendeu. Saul não guardou a Palavra de Deus, antes agiu precipitada e nesciamente (13:8-14). Como resultado, seu reino não foi confirmado, mas foi passado para um homem segundo o coração de Deus: Davi.

Texto extraído do capítulo 1 do livro "A Oração de Ana" publicado pela Editora Árvore da Vida