Os que invocaram o nome do Senhor

08/08/2011 09:44

 

De mim te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas (Lm 3:57).

Gn 4:26; Dt 4:7; 1 Rs 8:22-23; Sl 99:6; Is 12:4; Jr 33:3; At 2:21; Ap 3:8

Adão e Eva foram expulsos do jardim do Éden, de modo que perderam a presença de Deus, a qual lhes era tão valiosa. Seu filho Caim, após matar o irmão, produziu uma descendência que deu origem à sociedade em que hoje vivemos: independente de Deus e completamente alheia à Sua vontade.

Contudo, seguindo a direção oposta à dos descendentes de Caim e reconhecendo sua fragilidade e necessidade de Deus, outro grupo de descendentes de Adão começou a invocar o nome do Senhor (Gn 4:26). Invocar esse nome é a prova de que não nos consideramos suficientes; é a nossa declaração de que precisamos Dele em cada instante de nossas vidas.

A Bíblia contém centenas de citações referentes a essa prática maravilhosa de chamar o nome do Senhor. O povo de Israel invocava o nome Senhor; Davi, Salomão e os profetas também falaram de invocar o Seu nome (Dt 4:7; 1 Rs 8:22-23; Sl 17:6; 18:3-6; 99:6; Is 12:4; Jr 29:12; 33:3; lm 3:55; 57).

Já no Novo Testamento, os doze apóstolos testemunharam o que fora dito pelo profeta Joel: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:17-21).

Sonhos e visões são manifestações do Espírito de poder, mas não levam à salvação nem ao crescimento de vida. O versículo 21, porém, afirma claramente que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Infelizmente, após a perseguição que surgiu contra a igreja em Jerusalém, essa prática de invocar o nome do Senhor foi sendo perdida entre eles, ao passo que as tradições da religião judaica foram infiltrando-se na igreja. Mesmo o apóstolo Paulo, que antes ensinava os irmãos a invocar o nome do Senhor, se submeteu às práticas da religião judaica quando esteve em Jerusalém, no final de sua terceira viagem.

Todavia, louvado seja o Senhor, o apóstolo João, já perto do fim de sua vida, voltou a enfatizar esse assunto.

Apocalipse registra que as igrejas das cidades de Éfeso e Esmirna invocavam o nome do Senhor, mas não se pode dizer o mesmo em relação a Pérgamo, Tiatira, Sardes e Laodiceia. Para a igreja de Filadélfia, porém, o Senhor disse: “Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome” (3:8).

Filadélfia significa amor fraternal. Os irmãos de Filadélfia guardavam a Palavra do Senhor e invocavam Seu nome. Assim devemos ser nós também: toda vez que invocamos o nome do Senhor, amamos mais os irmãos e nos tornamos menos independentes, mais vinculados e submissos uns aos outros, em respeito e consideração pelos demais. Aleluia!