Na vida espiritual de um cristão, a oração é uma questão de suma importância. Todo cristão genuíno percebe isso e se entrega à oração. Apesar disso, embora alguns dos filhos do Senhor gastem tempo orando sobre muitos assuntos, eles não parecem alcançar o objetivo na oração. O motivo é que não descobriram a chave.
Ocorre o mesmo com a oração. Mateus 7 fala dos princípios relacionados à oração, um dos quais é: "O que busca, encontra". Buscar requer tempo. Qualquer um que procure por algo de maneira indiferente e descuidada provavelmente não o encontrará. Buscar envolve paciência e perseverança, e se não formos diligentes, não encontraremos o que buscamos. Se Deus não responde às nossas orações, devemos exercitar nossa paciência e buscar diligentemente a chave da oração.
A razão por que Deus respondeu às orações de muitos dos santos no passado é que eles possuíam a chave da oração. Se você ler a biografia de George Muller, verá que durante toda a sua vida ele estava recebendo respostas às orações. George Muller encontrou a chave. Muitos cristãos fervorosos oram extensamente; fazem longas orações, com muitas palavras, todavia não recebem respostas de Deus. Na oração, palavras são essenciais, mas não devemos ter excesso de palavras. Nossas palavras devem ser objetivas; devem ser palavras que toquem o coração de Deus para movê-lo a ponto de não ter alternativa a não ser atender nossos pedidos. Palavras objetivas são a chave da oração. Tais palavras estão em perfeita harmonia com a vontade de Deus; portanto Ele só pode respondê-las.
Tenhamos em mente que devemos prestar atenção à voz interior e não sermos governados por nossas circunstâncias, pensamentos ou inclinações. Quando aquela voz fraca em nosso interior nos ordena a orar, quando nas profundezas do nosso ser temos um sentimento de que devemos orar, então respondamos imediatamente. As circunstâncias devem ser apenas um meio de conduzir-nos à presença de Deus para aguardá-Lo; elas não devem controlar a nossa oração. E os pensamentos devem servir apenas para cristalizar as nossas impressões interiores; eles não devem ser a origem da oração. A oração de acordo com a vontade de Deus só é possível quando nós mesmos estamos em harmonia com a Sua vontade. Se nossos afetos não forem tratados, não seguiremos prontamente a direção interior da oração, porque seremos influenciados por nossos próprios desejos e estaremos buscando persuadir a Deus com aquilo que desejamos. Sempre que nos encontramos orando ineficientemente, devemos buscar descobrir a causa. Enquanto questionamos ao Senhor, chegaremos a um ponto onde a voz ainda fraca em nosso interior diz: "É insto!" Então seremos libertados, pois estaremos de posse da chave. E ao usarmos a chave e prosseguirmos na oração, podemos estar certos da resposta de Deus.
Isaías 62:6 diz: "Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão". Esses guardas são homens de oração. Se precisam ver o que está acontecendo, eles tem de estar incansavelmente vigilantes, e clamar. Eles têm de ser os que lembram o Senhor continuamente. Não é de indivíduo que se fala aqui. "Eles todo o dia e toda a noite jamais se calarão". Há companhias vigiando juntas, e juntas levando seus pedidos a Deus. E suas orações não cessam "até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra". Devemos perseverar em oração até que o Corpo de Cristo seja edificado. Deus precisa das nossas orações. Devemos ter o espírito de oração; devemos ter uma atmosfera de oração; devemos ter a chave da oração. Irmãos e irmãs, levantemo-nos e aprendamos a orar. Vamos buscar a chave da oração de modo que possamos satisfazer a necessidade de Deus hoje.
Trechos extraídos do livreto "A Chave da Oração", de Watchman Nee publicado pela editora Árvore da Vida.