Desfrutar a Glória de Deus

Desfrutar a Glória de Deus

 

Quando entramos no Santo dos Santos, desfrutamos a glória de Deus, e esse desfrute nos leva à maturidade espiritual. No entanto, para podermos ter contato com a glória de Deus, temos primeiramente de satisfazer Sua justiça e santidade. Fazemos isso por meio do sangue sobre o altar do holocausto. Pelo sangue, reconciliamo-nos com Deus e podemos entrar no Santo Lugar e depois, então, entrar na glória de Deus, no Santo dos Santos.

Aparentemente, apenas Arão, o sumo sacerdote, podia entrar no Santo dos Santos, uma vez ao ano; mas, na verdade, Moisés podia entrar ali a todo o tempo e falar com Deus face a face. O Santo dos Santos era um lugar cheio da glória de Deus; por isso é que, ao falar com Deus, o rosto de Moisés resplandecia (Êxodo 34:29). Quanto mais conversava com Deus, mais o rosto de Moisés resplandecia; mas, ao sair do Santo dos Santos, ele colocava um véu sobre o rosto, pois aquela glória desvanecia.

Para entendermos esse processo, há uma boa ilustração: uma pessoa sentada diante de uma fogueira. Por causa da proximidade com o fogo, o rosto dessa pessoa fica quente e vermelho, mas quando se afasta, seu rosto vai voltando à cor normal. É o mesmo que ocorria com Moisés: por contemplar a glória de Deus, seu rosto ficava resplandecente. Mas como isso era apenas algo exterior, algo que ocorria fora de Moisés, quando ele se afastava do Santo dos Santos, a glória de seu rosto desvanecia.

Nós, porém, como ministros da nova aliança, somos diferentes de Moisés: graças ao fato de o véu ter sido rasgado, hoje podemos estar continuamente contemplando o Senhor em nosso espírito e recebendo mais da Sua glória. Nosso rosto está desvendado, nada há entre nós e o Senhor, pois Ele já cumpriu a redenção. Como um espelho, podemos contemplá-Lo e refleti-Lo. Desse modo, nossa glória não desvanece como a de Moisés, mas passamos de um estágio de glória para outro estágio de glória (2 Coríntios 3:18). Quanto mais comunhão temos com Deus, mais da Sua glória temos

A intenção original de Deus era que todo o povo de Israel fosse tanto sacerdote como rei. No entanto, por causa da idolatria do povo, essas funções foram separadas. Mas Deus não mudou Seu desejo, e reuniu primeiramente em Cristo ambos os ofícios (Zacarias 6:13), bem como nos cristãos (2 Pedro 2:5, 9). Por termos a vida Daquele que é tanto rei como sumo sacerdote, somos Seu sacerdócio real. Como sacerdotes temos a responsabilidade de trazer as pessoas até o Santo Lugar, para que ali sirvam a Deus, e dali para o Santo dos Santos, a fim de que vivam no espírito; e como reis devemos viver de tal modo unidos ao Senhor, que O expressemos entre as pessoas a fim de que Ele reine por meio de nós.

 

Trechos extraídos do livro “A Visão do Tabernáculo”, de Dong Yu Lan, publicado pela editora Árvore da Vida.