::Aos Pais:: Criai os filhos na disciplina e na admoestação do Senhor (Efesios 6;4)
29/08/2011 15:44
"Então, Adonias, filho de Hagite, se exaltou e disse: Eu reinarei. Providenciou carros, e cavaleiros, e cinquenta homens que corressem adiante dele. Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?" (1Reis 1:5,6)
Com quem está o trono ?
Davi foi um personagem do Antigo Testamento com um problema muito moderno. Ele se omitiu, em momentos decisivos, de estabelecer limites para os filhos, como podemos conferir nos livros de 1º e 2º Samuel e, mais especificamente, nos versículos acima, em que Adonias, o quarto filho de Davi com Hagite (2Samuel 3:2-4), quis usurpar o trono.
Como Davi, os pais, às vezes, querem evitar envolvimento em situações em que a confrontação é inevitável. Será que existe alguma coisa, em relação a nossos filhos, que permitimos que continue ocorrendo, mesmo cientes de que é errada? Será que vamos continuar hesitando em nossas decisões mesmo que isso comprometa o futuro deles e o nosso?
De acordo com a narrativa bíblica, a família de Davi foi muito afetada devido ao seu comportamento negligente como pai. Esse episódio em que Adonias, seu próprio filho, tenta usurpar o trono, nos alerta para o perigo de não estabelecermos limites para nossos filhos. Se falharmos na questão de fixar regras, ordens e diretrizes básicas para o lar, espontaneamente os filhos cuidarão de estabelecer seu reinado e, com ele, sua própria constituição, isto é, suas próprias leis. Os filhos precisam saber que em casa já há um rei, e a melhor maneira de descobrirem isso é por meio de os pais instituirem o governo dentro do lar. Os filhos, desde o berço, fazem incansáveis tentativas para sobressairem-se em relação aos pais. Se os pais não apresentarem logo um decálogo aos filhos, serão estes que apresentarão seu decálogo, isto é, suas normas aos pais.
A Bíblia faz questão de apontar a negligencia de Davi, como pai, quando disse: "Jamais seu pai o contrariou". Se derem liberdade incondicional aos filhos para fazer e escolher as coisas, os pais estarão deixando de reinar em casa e por causa disso sentirão, ao final, o gosto amargo de encontrar o pequeno Adonias, seu filho, sentado no trono, liderando infantil e irresponsavelmente sua própria vida. Se não houver, para os filhos, uma estrada com placas que indiquem o que podem e o que não podem fazer, o fim será o precipício. Que amigos os filhos podem ter, que roupa vestir, que alimento comer, em que horas estudar, em que condições podem deixar de ir à aula, a que programa de televisão assistir, quando namorar? Essas e outras questões tão fundamentais não podem ser deixadas para as crianças resolverem, se bem que seja o maior desejo, o grande objetivo delas. Em sua casa, quem está assentado no trono decidindo tudo isso, é você ou seu filho?
Alguns pais imaginam que estabelecer limites para os filhos elimina a liberdade. Os limites, no entanto, propiciam para os filhos liberdade adicionada à segurança. Ao orientarmos um filho a não brincar do outro lado da rua, estabelecemos um limite de segurança. Os filhos vão perceber que brincar até onde os pais estabeleceram é aceitável e seguro. Entretanto quando não há determinação expressa para os filhos, eles podem até brincar, mas duas preocupações serão constantes neles: 1) Eu posso estar aqui? 2) É seguro brincar por aqui? Apoiados nessa experiencia podemos dizer que há dois tipos de liberdade - a aparente liberdade, resultado da atitude dos pais em permitir que os filhos façam tudo, e a verdadeira liberdade, resultado do estabelecimento de limites. A verdadeira liberdade só é sentida com o estabelecimento de limites. Portanto, o procedimento dos pais em recusar-se a impor regras, limites e diretrizes aos filhos irá mais prejudicá-los do que ajudá-los. Se os pais não aprenderem a contrariar os filhos, a questionarem "Por que procedes assim?", o pequeno Adonias dirá um dia: "Eu reinarei". A palavra contrariar vem do latim - contrariare - que significa causar descontentamento, fazer ou querer o contrário, desgostar. Deus começa o relacionamento com o recém-criado Adão dizendo não a ele. A palavra que os filhos precisam ouvir quase sempre é não. O ser humano não é tão frágil assim que não possa ser desgostado, contrariado ou barrado.
A psicologia do sim tem estragado muitas crianças e produzido muitos reizinhos, que acham que todas as coisas lhes pertencem, que as pessoas são seus criados e que os ambientes por onde passam devem amoldar-se aos seus caprichos. Os filhos devem conhecer a disciplina no momento que romperem os limites estabelecidos pelos pais ou por qualquer outra pessoa que esteja responsável por eles (Provérbios 22:15).
Que o Senhor com Sua palavra, nos dê graça para conduzirmos nossos filhos de maneira adequada. Sabemos que todo o trabalho na infância não é garantia de sucesso , mas sua omissão, praticamente assegura o fracasso.
(extraído do artigo "Aos Pais" - JAV nº 186, de Maio/2008)
"Então, Adonias, filho de Hagite, se exaltou e disse: Eu reinarei. Providenciou carros, e cavaleiros, e cinquenta homens que corressem adiante dele. Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?" (1Reis 1:5,6)
Com quem está o trono ?
Davi foi um personagem do Antigo Testamento com um problema muito moderno. Ele se omitiu, em momentos decisivos, de estabelecer limites para os filhos, como podemos conferir nos livros de 1º e 2º Samuel e, mais especificamente, nos versículos acima, em que Adonias, o quarto filho de Davi com Hagite (2Samuel 3:2-4), quis usurpar o trono.
Como Davi, os pais, às vezes, querem evitar envolvimento em situações em que a confrontação é inevitável. Será que existe alguma coisa, em relação a nossos filhos, que permitimos que continue ocorrendo, mesmo cientes de que é errada? Será que vamos continuar hesitando em nossas decisões mesmo que isso comprometa o futuro deles e o nosso?
De acordo com a narrativa bíblica, a família de Davi foi muito afetada devido ao seu comportamento negligente como pai. Esse episódio em que Adonias, seu próprio filho, tenta usurpar o trono, nos alerta para o perigo de não estabelecermos limites para nossos filhos. Se falharmos na questão de fixar regras, ordens e diretrizes básicas para o lar, espontaneamente os filhos cuidarão de estabelecer seu reinado e, com ele, sua própria constituição, isto é, suas próprias leis. Os filhos precisam saber que em casa já há um rei, e a melhor maneira de descobrirem isso é por meio de os pais instituirem o governo dentro do lar. Os filhos, desde o berço, fazem incansáveis tentativas para sobressairem-se em relação aos pais. Se os pais não apresentarem logo um decálogo aos filhos, serão estes que apresentarão seu decálogo, isto é, suas normas aos pais.
A Bíblia faz questão de apontar a negligencia de Davi, como pai, quando disse: "Jamais seu pai o contrariou". Se derem liberdade incondicional aos filhos para fazer e escolher as coisas, os pais estarão deixando de reinar em casa e por causa disso sentirão, ao final, o gosto amargo de encontrar o pequeno Adonias, seu filho, sentado no trono, liderando infantil e irresponsavelmente sua própria vida. Se não houver, para os filhos, uma estrada com placas que indiquem o que podem e o que não podem fazer, o fim será o precipício. Que amigos os filhos podem ter, que roupa vestir, que alimento comer, em que horas estudar, em que condições podem deixar de ir à aula, a que programa de televisão assistir, quando namorar? Essas e outras questões tão fundamentais não podem ser deixadas para as crianças resolverem, se bem que seja o maior desejo, o grande objetivo delas. Em sua casa, quem está assentado no trono decidindo tudo isso, é você ou seu filho?
Alguns pais imaginam que estabelecer limites para os filhos elimina a liberdade. Os limites, no entanto, propiciam para os filhos liberdade adicionada à segurança. Ao orientarmos um filho a não brincar do outro lado da rua, estabelecemos um limite de segurança. Os filhos vão perceber que brincar até onde os pais estabeleceram é aceitável e seguro. Entretanto quando não há determinação expressa para os filhos, eles podem até brincar, mas duas preocupações serão constantes neles: 1) Eu posso estar aqui? 2) É seguro brincar por aqui? Apoiados nessa experiencia podemos dizer que há dois tipos de liberdade - a aparente liberdade, resultado da atitude dos pais em permitir que os filhos façam tudo, e a verdadeira liberdade, resultado do estabelecimento de limites. A verdadeira liberdade só é sentida com o estabelecimento de limites. Portanto, o procedimento dos pais em recusar-se a impor regras, limites e diretrizes aos filhos irá mais prejudicá-los do que ajudá-los. Se os pais não aprenderem a contrariar os filhos, a questionarem "Por que procedes assim?", o pequeno Adonias dirá um dia: "Eu reinarei". A palavra contrariar vem do latim - contrariare - que significa causar descontentamento, fazer ou querer o contrário, desgostar. Deus começa o relacionamento com o recém-criado Adão dizendo não a ele. A palavra que os filhos precisam ouvir quase sempre é não. O ser humano não é tão frágil assim que não possa ser desgostado, contrariado ou barrado.
A psicologia do sim tem estragado muitas crianças e produzido muitos reizinhos, que acham que todas as coisas lhes pertencem, que as pessoas são seus criados e que os ambientes por onde passam devem amoldar-se aos seus caprichos. Os filhos devem conhecer a disciplina no momento que romperem os limites estabelecidos pelos pais ou por qualquer outra pessoa que esteja responsável por eles (Provérbios 22:15).
Que o Senhor com Sua palavra, nos dê graça para conduzirmos nossos filhos de maneira adequada. Sabemos que todo o trabalho na infância não é garantia de sucesso , mas sua omissão, praticamente assegura o fracasso.
(extraído do artigo "Aos Pais" - JAV nº 186, de Maio/2008)