CONFISSÕES DE PAI
- Arrependo-me de ter sido pai só de nome;
- Arrependo-me de não ter visto o meu filho crescer;
- Arrependo-me de não ter acompanhado meu filho na escola;
- Arrependo-me de ter humilhado meu filho na frente de outras pessoas; por tê-lo agredido com palavras insultuosas, injuriosas, por tê-lo ofendido, destratado e o afrontado.
- Arrependo-me de nunca ter chorado por ele e com ele;
- Arrependo-me de não ter pedido desculpas quando errei;
- Arrependo-me de ter faltado com a verdade muitas vezes;
- Arrependo-me de tê-lo impedido passar experiências que necessitava;
- Arrependo-me de ter achado que minha função de pai tinha terminado depois que meu filho se tornou adulto;
- Arrependo de ter sorrido pouco, de não ter brincado mais e de ter levado pequenas coisas muito a sério;
- Arrependo-me de ter tido preferencia com um filho em detrimento de outro;
- Arrependo-me de ter orado pouco por ele e com ele;
- Arrependo-me de ter sido exemplo negativo em muitas situações;
- Arrependo-me de não ter dito mais que o amava;
- Arrependo-me de ter gritado com ele e lhe falando com ira;
- Arrependo-me de não ter compreendido meu filho adolescente;
- Arrependo-me de ter sido autocrático;
- Arrependo-me de ter sido muito liberal;
- Arrependo-me de não lhe ter dado ouvidos quando contava suas longas historias infantis tão importantes para ele;
- Arrependo-me de não ter desconfiado de que tinha de agir diferente toda vez que ele passava por uma nova fase do crescimento;
- Arrependo-me de ter conversado com ele sem realmente ouvi-lo;
- Arrependo-me de ter esquecido que também um dia fui uma criança, certamente assim o teria compreendido mais;
- Arrependo-me de ter sido ausente, de ter confundido PRESENTE com PRESENÇA;
- Arrependo-me ter trocado meu filho pela televisão, jornal, amigos, futebol e por muitas outras coisas;
- Arrependo-me de não tê-lo disciplinado quando ele deveria ser disciplinado;
- Arrependo-me de não ter dito: “Você é de mais, filho, vem cá dar um abraço no papai”, “Conte sempre comigo”, “Isso que você fez me deixou triste”, “Isso que você fez me deixou muito feliz”, e também: “Por favor”, “Muito obrigado” todas as vezes que pedi que fizesse coisas para mim;
- Arrependo-me de não ter insistido com ele para orar, ler a palavra de Deus e ir às reuniões da igreja;
- Arrependo-me de não ter acreditado quando ele disse que estava sentindo medo, dor, saudades, solidão e de que queria realmente por perto para se sentir seguro;
- Arrependo-me de não lhe ter falado sobre amizades, namoro, casamento, drogas, dinheiro e consequências;
- Arrependo-me de ter imaginado que ele não precisava mais de mim como pai;
- Arrependo-me de não ter notado que, em determinadas horas, precisava ser mais um amigo do que um pai;
- Arrependo-me de não ter buscado mais a Deus para saber como cuidar de meu filho;
- Arrependo-me de ter exigido que ele fosse o que não era, que entendesse o que não podia entender que visse as coisas segundo a ótica de um adulto;
- Arrependo-me de não ter me arrependido antes.